Insegurança aumenta para moradores do bairro Pinheirinho

Criciúma
Edson Padoin
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O bairro Pinheirinho, em Criciúma, vive um momento de tensão e insegurança. Moradores e comerciantes se dizem alarmados com a crescente presença de usuários de drogas e moradores em situação de rua, que, segundo relatos, têm tomado conta das ruas e calçadas. O clima é de preocupação entre aqueles que dependem do comércio local e daqueles que habitam a região.

Um comerciante da área, que prefere não se identificar, compartilha sua visão sobre a situação. “Tenho um comércio no Pinheirinho há mais de cinco anos e, diariamente, enfrentamos a crescente presença de moradores de rua e usuários de drogas, a maioria vindos de outras cidades. Eles dormem em frente às lojas, nas paradas de ônibus, e consomem drogas abertamente, o que acaba incomodando os cidadãos de bem, pagadores de impostos, e afastando possíveis novos comerciantes que poderiam investir em nosso bairro. A situação só piora com o passar do tempo”, desabafa.

Solução

De acordo com o comerciante, a resposta das autoridades tem sido insuficiente. “A prefeitura e a Polícia Militar até realizam algumas rondas, o que melhora temporariamente, mas logo a situação volta ao estado anterior”, critica.

Ele defende uma solução mais rigorosa para o problema. “Essa situação só será resolvida com uma atuação diária e coordenada entre a assistência social, a Polícia Militar e o Ministério Público. Precisamos de internação compulsória para dependentes químicos, prisão para os delinquentes e a oferta de trabalho e moradia para aqueles que desejam uma oportunidade de mudança. Para aqueles que recusarem, deve-se impor trabalho obrigatório e retirá-los das ruas. Apenas dessa forma poderemos evitar que o nosso bairro se torne uma nova cracolândia”, afirma.

Pequenos furtos e usuários de drogas

O presidente da Associação de Moradores do Pinheirinho, Arilton Mezzari, também expressa sua preocupação, principalmente com os usuários de drogas. “Moradores de rua são aqueles que procuram um canto, que estão sempre no mesmo local. Estão sempre com seus materiais guardados e saem para procurar algum material reciclado. Às vezes estão com uma esposa, uma namorada ou até com família. Eles são moradores de rua. O outro lado da moeda é que temos os usuários de drogas. Não se sabe por que estão na rua. Além disso, esses fazem alguns pequenos furtos para sustentar seus vícios”, explica.

Ele destaca que a situação é agravada pela criminalidade. “Esses que não querem tratamento e ficam na rua praticando crimes são os que temos que combater. A Polícia Militar faz rondas constantes no bairro, o problema é que prende essa pessoa e logo em seguida é solta pelo judiciário. O Ministério Público precisa trabalhar junto. Já conversamos com uma promotora, mas ainda não tivemos um retorno imediato”, relata Mezzari.

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