Após anos de paralisação, ponte de Ilhas deve sair do papel em Araranguá

Araranguá
Edson Padoin
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A construção da ponte de Ilhas, em Araranguá, finalmente sairá do papel, conforme o deputado estadual Tiago Zilli. A obra, que estava parada desde 2022 após a desistência da empresa responsável, será retomada com o apoio do governo estadual e autoridades locais. Zilli garantiu que, após anos de indefinição, as negociações para resolver os impasses avançaram significativamente.

Em entrevista à nossa reportagem, o deputado afirmou que a ponte será construída. “Posso garantir que tivemos uma notícia hoje [quinta-feira] muito positiva. A ponte de Ilhas, que liga a comunidade de Ilhas à comunidade do Morro dos Conventos, vai beneficiar toda uma região: Araranguá, Arroio do Silva, Maracajá, Forquilhinha, Içara e Criciúma. Será uma rota alternativa, importante para o turismo e uma ligação que a população já espera há muito tempo. A obra estava parada há muitos anos, pois a empresa desistiu, mas não queremos mais apontar culpados, e sim resolver a situação”, destacou Zilli.

O deputado contou que recebeu uma ligação do Secretário de Estado da Infraestrutura, Jerry Comper, que confirmou sua visita a Araranguá nesta sexta-feira. Comper estará na cidade para uma coletiva de imprensa junto ao prefeito e outras autoridades locais, onde serão discutidos os próximos passos para retomar a construção da ponte. “Falei com o governador Jorginho Mello e ele também se comprometeu a ajudar a resolver essa questão. Ele está ciente da importância do projeto para o turismo e a geração de empregos na região”, afirmou Tiago Zilli.

A coletiva de imprensa está marcada para às 9h, na prefeitura de Araranguá. O foco será esclarecer as razões da paralisação e os detalhes sobre como o governo estadual e o município chegarão a uma solução para concluir a obra. Entre os pontos a serem discutidos estão as pendências financeiras e as modificações no projeto original.

Relembre o caso

O projeto da ponte de Ilhas sofreu uma série de contratempos nos últimos anos. Segundo o secretário-adjunto da Secretaria Estadual de Infraestrutura, Ricardo Grando, a obra foi paralisada devido à falta de um novo projeto por parte da prefeitura. A empresa Trilha, contratada para executar os serviços, propôs mudanças na fundação da ponte, que não foi aceita. Além disso, o governo estadual rejeitou uma tentativa de readequação financeira feita pela prefeitura e exigiu novos cálculos de reajuste contratual.

Em relação ao financiamento da obra, o convênio inicial entre o Estado e o município previu R$15,8 milhões, com uma contrapartida de cerca de R$2,7 milhões por parte da prefeitura. No entanto, apenas R$7 milhões foram repassados pelo Estado, com a rescisão de parte do contrato devido à paralisação da obra.

A expectativa é de que a coletiva de imprensa traga um novo panorama para a obra e defina os próximos passos para a conclusão da ponte, aguardada há anos pela população da região.

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