Médica de Morro da Fumaça realiza segunda missão na África

Morro da Fumaça/África do sul
Alexandra Cavaler
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Uma história de altruísmo e dedicação à saúde acontece a milhares de quilômetros de distância da terra natal, Morro da Fumaça. A médica Gabriela Guglielmi, que se destacou por sua paixão pela medicina e pelo bem-estar social, embarcou na semana passada para a segunda etapa de uma missão humanitária na África. A primeira aconteceu em 2024, quando um grupo de estudantes e professores brasileiros viajou para atender comunidades carentes em Benin.

A missão conta com a participação de 40 voluntários divididos entre acadêmicos, médicos, professores de 14 instituições brasileiras, e tem como objetivo levar cuidados médicos e promover a saúde da população local. Na primeira edição, Gabriela e seus colegas tiveram a oportunidade de trabalhar com profissionais de saúde beninenses, aprendendo sobre as realidades e desafios enfrentados na prestação de serviços de saúde em um contexto diferente do que estão acostumados no Brasil.

“Foi uma experiência transformadora. Aprendi não só sobre medicina, mas também sobre resiliência, solidariedade e a importância de ouvir as necessidades das comunidades”, relata Gabriela, lembrando de momentos marcantes da missão anterior: “A interação com os pacientes e a troca de conhecimentos foram fundamentais para a minha formação como médica”.

Desafios

Agora, Gabriela retorna ao Continente Africano não apenas como estudante, mas como profissional de saúde. “Estou animada e nervosa ao mesmo tempo. Sei que haverá desafios, mas estou preparada para contribuir da melhor maneira possível. Além disso, meu objetivo nesta missão é realizar atividades clínicas e comunitárias, que vão desde consultas médicas até ações de prevenção e promoção da saúde”, salientou a médica.

A missão conta com 40 voluntários divididos entre acadêmicos, médicos e professores | Foto: Divulgação

Serviços e comprometimentos

Entre as atividades a serem desenvolvidas pela equipe que compõe a missão estão triagens, vacinação, orientações sobre saúde preventiva e educação em saúde, além de ações em saúde mental e nutrição. “A equipe também está comprometida em trabalhar com a comunidade para identificar as principais necessidades de saúde, buscando soluções sustentáveis e de longo prazo. Não se trata apenas de oferecer atendimento médico, mas de construir relacionamentos, entender a cultura e as necessidades da população. Cada paciente é único e merece ser tratado com dignidade e respeito”, enfatizou Gabriela explicando a necessidade e a importância da empatia no trabalho realizado.

Expectativa

A missionária ainda aproveita a oportunidade para reforçar a formação contínua e o aprendizado mútuo. “A missão não é uma via de mão única. Nós também aprendemos com as comunidades, com as práticas locais e com as experiências que eles têm a nos ensinar”, explica Gabriela, acrescentando que a expectativa é que a missão traga benefícios não apenas para a população local, mas também para os participantes. “A vivência em um contexto desafiador e a oportunidade de trabalhar em equipe são experiências que enriquecem a nossa formação e o nosso desenvolvimento profissional”.

As carências da população vão além dos cuidados médicos | Foto: Divulgação

Troca cultural e vivências

Além do trabalho em saúde, a missão ainda busca promover a troca cultural. Os participantes têm a chance de vivenciar tradições, costumes e a culinária local, criando laços que vão além do profissional. “É uma oportunidade incrível de ver o mundo de uma perspectiva diferente e entender as realidades de outras pessoas, pois os desafios logísticos e as condições de trabalho em áreas remotas são uma realidade que a equipe já está preparada para enfrentar. Com a experiência adquirida na primeira edição, a equipe se sente mais confiante para lidar com imprevistos e adaptar estratégias conforme necessário”, enfatizou a médica.

Sonho

Gabriela, que sempre sonhou em fazer a diferença na vida das pessoas, vê nesta missão uma realização de seus objetivos profissionais e pessoais. “Estou muito feliz por poder contribuir, mesmo que de forma pequena, para a melhoria da saúde e do bem-estar de outras pessoas. Isso é o que me motiva a seguir em frente na medicina”, conclui.

Emoção, orgulho e saudade

Falando em nome da família, a irmã de Gabriela, Jorgia Guglielmi, diz que não há palavras suficientes para expressar o quanto sentem orgulho da médica missionária. “A coragem, generosidade e dedicação em deixar tudo para trás e embarcar nessa segunda missão voluntária na África mostram o tamanho do coração da nossa Gabi e o verdadeiro significado da sua vocação. Saber que ela está levando cuidado, alívio e esperança a tantas pessoas nos enche de admiração. Cabe ressaltar que ela não apenas exerce a medicina com excelência, mas também com amor, e isso faz toda a diferença na vida daqueles que têm a bênção de cruzar o seu caminho”, declarou a irmã, emocionada.

Torcida

Ela também destaca a saudade que a família sente, mas entendem, respeitam e sonham junto com Gabriela. “Sentimos falta da Gabi todos os dias, mas ao mesmo tempo nos alegramos por saber que ela está onde sempre sonhou estar: fazendo o bem, transformando vidas e servindo. Que essa experiência seja tão enriquecedora para ela quanto sabemos que está sendo para aqueles que recebem seu cuidado e principalmente seu amor”, ressaltou Jorgia, com lágrimas nos olhos, concluindo: “Estamos aqui torcendo por ela, orgulhosos e felizes por tudo o que a Gabi está conquistando. Que Deus continue guiando seus passos e lhe dando forças para seguir nessa linda missão”.

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