Projeto ProPark retorna às atividades hoje em Criciúma

Criciúma
Luan Ghisi
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O Programa de Atendimento aos Portadores de Parkinson (ProPark) retorna às suas atividades hoje em Criciúma. O projeto, realizado dentro da Unesc, terá sua primeira reunião do ano nesta segunda-feira, com início às 14 horas, e oferece suporte para pacientes com a doença que residem na região da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec). A iniciativa conta com o apoio da Stabile, Núcleo de Apoio ao Parkinsoniano.

Inscrição

A participação é gratuita e os interessados só precisam levar uma cópia do documento pessoal, comprovante de endereço e atestado médico contendo o diagnóstico da doença no primeiro encontro, que será realizado no Auditório Édson Rodrigues, no Bloco P da universidade. Segundo Tatiana D’Agostin Felisbino, presidente da Stabile, após a reunião inicial, o projeto passa a ser ministrado utilizando a estrutura da Unesc para os atendimentos, que serão feitos duas vezes por semana, segunda e quarta-feira, entre as 15 horas e as 16 horas.

Criação

O Programa de Atendimento aos Portadores de Parkinson (ProPark) foi criado em 2016 depois de um projeto de mestrado e como plano de trabalho do Programa de Iniciação Científica. A proposta consiste na realização de dois encontros semanais, com duração de 45 minutos de prática, conforme a recomendação da Diretriz Europeia de Fisioterapia para a Doença de Parkinson, além de alguns minutos para aferição dos sinais vitais e tempo extra para organização da sala utilizada para os atendimentos.

O grupo tem o acompanhamento de um método avaliativo e analítico, com a realização da coleta de sangue, testes físicos de força muscular, flexibilidade, resistência muscular e cardiorrespiratória, motricidade e coordenação motora. O método desenvolvido para o estudo consiste em dois protocolos de treinamento funcional, um aeróbico e um anaeróbico.

Informação para pacientes e familiares

O grupo ProPark proporciona melhor compreensão perante à patologia, tanto para os acometidos, quanto para os familiares e cuidadores, dando amparo e apoio, sendo um grupo de extensão, poderá auxiliar a comunidade e a equipe multidisciplinar a buscar uma melhor qualidade de vida e capacidade funcional dos acometidos.

O conhecimento produzido beneficia não só quem está diretamente envolvido com a patologia, mas também aqueles que participam do grupo como forma de complementar a formação acadêmica ou até mesmo como experiência de vida.

Universidade realiza pesquisa inovadora na área

Segundo a Unesc, a Doença de Parkinson (DP) é neurológica e afeta os movimentos das pessoas. Ocorre por causa da degeneração das células situadas em uma região do cérebro chamada substância negra. Essas células produzem a substância dopamina, que conduz as correntes nervosas (neurotransmissores) ao corpo. Sua falta ou diminuição afeta os movimentos provocando os sintomas da doença.

A evolução da doença é variável entre os pacientes. Conforme a Doença de Parkinson avança, ela se torna cada vez mais incapacitante e, com o decorrer do tempo faz com que tarefas diárias se tornam quase impossíveis. Os sintomas mais comuns da doença são: Tremor, Rigidez, Bradicinesia ou acinesia (lentidão de movimentos ou ausência de movimento), Instabilidade postural (deficiência de equilíbrio e coordenação) e dificuldade na marcha. A DP não tem cura, mas o tratamento é fundamental para a qualidade de vida.

O tratamento é multiprofissional e, neste contexto, a fisioterapia deve ser iniciada logo após o diagnóstico da doença, visando desacelerar a progressão da mesma e impedir complicações e deformidades secundárias. A fisioterapia tem como objetivo minimizar os problemas motores, ajudando o paciente a manter a independência para realizar as atividades de vida diária e melhorar a qualidade de vida.

Participação

Aqueles que participarão do ProPark também possuem a oportunidade de inscrição para um estudo relacionado à doença. A Unesc está recrutando voluntários para uma pesquisa inovadora sobre os efeitos da associação de um programa de exercícios terapêuticos ao uso de medicamentos à base de Cannabis em pacientes com Parkinson.

O estudo, conduzido por cientistas e professores da Universidade, busca avaliar os impactos dessa suplementação na qualidade de vida dos participantes, analisando sintomas como rigidez muscular, tremores, ansiedade, depressão e distúrbios do sono.

Para ser voluntário, é necessário apresentar um atestado médico com a Classificação Internacional de Doenças (CID) da doença de Parkinson e um documento que comprove a aptidão para a prática de exercícios físicos.

Leia a matéria completa na edição desta segunda-feira, dia 24, do jornal impresso Tribuna de Notícias. Ligue para 48 3478-2900 e garanta sua assinatura.

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