Com um a menos, Criciúma resiste a pressão e empata com o Novorizontino

Thiago Oliveira

Novo Horizonte (SP)

E no duelo dos Tigres, tudo igual. Mas para o Criciúma, o empate com o Novorizontino teve um gostinho de vitória. Isso porque o Tricolor Carvoeiro passou mais de dois terços do jogo com um jogador a menos.

Werik Popó foi um dos personagens do jogo. O camisa 45 fez o primeiro gol do jogo, aparecendo bem no ataque após o cruzamento de Léo Alaba. Mas poucos minutos depois, acertou um chute no rosto de Renato Palm, durante uma dividida, e recebeu o cartão vermelho direto.

O Novorizontino chegou ao empate no segundo tempo, com Luís Oyama, mas não conseguiu a vitória graças a dois outros personagens. Kauã, que fez grandes defesas, e Luciano Castán, que segurou o ataque rival. “A Série B é um campeonato extremamente difícil. É muito longo e tem jogos que acontecem essas coisas. Temos que valorizar esse ponto conquistado aqui. O Novorizontino é muito forte dentro de casa, sempre faz campanhas boas. Então vir aqui, pelas circunstâncias do jogo, ter jogado boa parte da partida com um a menos, esse ponto é muito importante para a gente e nos dá muita confiança para o resto da competição”, destacou o zagueiro após o jogo.

Com o resultado, o Criciúma chega aos quatro pontos, ocupando a 13ª posição da Série B. A equipe volta a campo na sexta-feira, desta vez em casa, onde enfrenta o Remo, a partir das 19h.

Melhor no início

O Criciúma começou em cima e logo no primeiro minuto, os jogadores pediram por um toque na mão do defensor do Novorizontino dentro da área, mas o árbitro mandou o jogo seguir.

Aos 5, um susto. Depois da falta levantada na área, o goleiro Kauã saiu mal e deixou o gol aberto. Por sorte, Luciano Castán apareceu para tirar a bola em cima da linha.

A resposta veio com Marcelo Hermes que carregou a bola e bateu de longe. O chute saiu firme, mas foi no meio, facilitando a defesa de Airton Michellon.

O Novorizontino tinha a posse de bola, mas o Tigre era mais perigoso. Aos 12, Werik Popó recebeu na entrada da área, puxou para o pé direito, cortando a marcação, e chutou forte, mas também acertou o meio.

Aos 15, mais um susto, novamente com Marcelo Hermes, que bateu o escanteio fechado, e quase surpreendeu o goleiro.

De tanto insistir, o Criciúma chegou ao gol aos 17 minutos. O lateral-direito Léo Alaba, puxou para a perna esquerda, fez o cruzamento perfeito e Werik Popó apareceu sozinho no meio da área para cabecear para dentro. O lance ainda foi para o VAR antes de ser confirmado.

Cartão vermelho muda o jogo

O Novorizontino foi para cima e quase deixou tudo igual aos 24. Matheus Frizzo levantou a bola na área e Robson cabeceou a queima-roupa, na entrada da pequena área, mas Kauã fez uma grande defesa, em dois tempos, salvando o Criciúma. “Procurei esperar ao máximo, e no momento que a bola foi cabeceada, consegui reagir bem e fazer a defesa”, contou o goleiro.

O jogo, que parecia tranqüilo, ganhou um drama com a expulsão de Popó. Aos 31 minutos, o centroavante foi dividir com Renato Palm e chutou o rosto do jogador do Novorizontino. O árbitro Bruno Mota Correia, que não havia mostrado nenhum cartão, deu o vermelho direto.

Com um a menos, o Criciúma se fechou. E ainda teve Morelli e Juninho amarelados após chegadas mais fortes, mas conseguiu resistir e encerrar o primeiro tempo com a vantagem no placar.

Pressão dos donos da casa

No segundo tempo, o técnico Umberto Louzer mexeu no Novorizontino, buscando mais o ataque. Entre as mudanças, a entrada de um conhecido da torcida carvoeira: Lucca.

Aos 4 minutos, Robson recebeu grande passe e soltou uma bomba, estufando a rede do goleiro Kauã. Mas para a sorte do Criciúma, o atacante estava impedido no início da jogada.

A pressão do Novorizontino era cada vez mais forte. Aos 8, Bruno José arriscou de longe, mas a bola passou por cima. Só que no minuto seguinte, não teve sorte que ajudasse o Criciúma. Luís Oyama pegou a bola na esquerda, cortou para dentro e soltou a bomba no canto. O goleiro Kauã chegou a tocar na bola, mas ela parou dentro do gol.

Poucas ações no final

Depois do gol, o Novorizontino continuava rondando a área do Criciúma, mas atacava menos. Aos 19, ainda pediu um pênalti, reclamando de um empurrão em cima de Waguininho dentro da área, mas o juiz não marcou.

E foi Waguininho que quase virou o jogo. O atacante recebeu lançamento de Luís Oyama pela esquerda e tentou o chute direito para o gol, mas Kauã salvou o Criciúma mais uma vez.

Nas circunstâncias do jogo, o técnico Zé Ricardo estava satisfeito com o empate, e mexeu no time para fechar ainda mais o Criciúma. E deu certo, já que povoou o meio de campo, impedindo as ações mais fortes dos donos da casa.

Nos minutos finais, o nervosismo tomou conta do Novorizontino, que buscando o gol da vitória, exagerava nas faltas de ataque. Bom para o Tigre, que soube segurar o adversário e voltar para casa com um ponto importante na bagagem.

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