A Secretaria de Estado da Saúde está engajada na campanha mundial do Setembro Amarelo de prevenção ao suicídio. A campanha reforça que o conhecimento dos fatores de risco, identificação dos sinais de alerta e a busca por ajuda são fundamentais para a prevenção do suicídio, com foco nas crianças e adolescentes.
O Setembro Amarelo ocorre anualmente para conscientizar a população sobre a importância de prevenir sua ocorrência através, principalmente, do cuidado com a saúde mental. Com o lema “Se precisar, peça ajuda!, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio é lembrado nesta terça-feira, 10. A campanha busca, ainda, promover a informação, desmistificar tabus e oferecer apoio a quem precisa.
“Os números estão diminuindo em todo o mundo, mas os países das Américas vão na contramão dessa tendência, com índices que não param de aumentar, segundo a OMS. Especialmente diante dos casos de ansiedade, depressão e outras condições relacionadas à saúde mental que têm sido exacerbadas por fatores como a pandemia, crises econômicas, e as pressões sociais”, destaca Aline Piaceski Arceno, gerente de Análises Epidemiológicas e Doenças e Agravos Não Transmissíveis, da Diretoria da Vigilância Epidemiológica (Diive) da SES.
Crianças e adolescentes preocupam
Cerca de mil crianças e adolescentes entre 10 e 19 anos de idade tiram a própria vida no Brasil a cada ano, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria. “A taxa entre jovens cresceu 6% ao ano no país entre 2011 e 2022. Já as taxas de notificações por autolesões na faixa etária de 10 a 24 anos aumentaram 29% a cada ano nesse mesmo período”, explica Monique Meneses, enfermeira da Dive.
Este ano, a SES está trabalhando com o tema “Eu não fazia ideia que…”, voltado para a conscientização sobre a saúde mental de crianças e adolescentes. Com foco em alertar os pais e responsáveis sobre os sinais de problemas emocionais, a iniciativa aborda questões como bullying, excesso de tempo em frente às telas e solidão.
Não se pode negar que as lesões autoprovocadas – tentativa de suicídio e autoagressão – constituem um problema de extrema gravidade e urgência nesta faixa de idade. É fundamental que ações de prevenção e apoio sejam intensificadas não só durante o Setembro Amarelo, para conscientizar a população e oferecer suporte adequado aos jovens.
Prevenção
Reconhecer sinais de sofrimento psíquico é parte do processo de cuidado. Porém, nem todas as pessoas apresentam comportamentos indicativos, de modo que alguns sinais são percebidos apenas após a tentativa ou o suicídio consumado. Alguns sinais podem despertar a atenção da família e de amigos, tais como isolamento, abuso de álcool e outras drogas, mudanças bruscas de humor, diminuição do autocuidado e até automutilação.
“Precisamos conscientizar as pessoas, esclarecer e abrir espaço para falar sobre suicídio. É preciso deixar que as pessoas falem sobre o sofrimento, e isso, pode trazer alívio e conforto. As pessoas próximas podem perceber sinais e ajudar na prevenção. Lembrando que também é necessário procurar ajuda especializada para acolher e encaminhar para o tratamento adequado”, ressalta Aline.
A porta de entrada para o acolhimento é sempre a Unidade Básica de Saúde (UBS). O serviço público de saúde mental em Santa Catarina conta com 114 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), distribuídos entre diversos municípios e diferentes modalidades. Nesses serviços são atendidas pessoas que vêm em demanda espontânea, incluindo aquelas que apresentam distúrbio psiquiátrico, pensamento suicida e histórico de tentativa de suicídio.
Onde buscar Ajuda
• UBS
• CAPS
• UPA 24 horas
• SAMU 192
• Pronto Socorro
• Hospitais
• Centro de Valorização da Vida (CVV), que oferece apoio emocional gratuitamente, de forma voluntária, 24 horas por dia, por telefone 188, e-mail ou chat pelo site da instituição (www.cvv.org.br).
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