Moradores de loteamento de Criciúma buscam por escrituras

Criciúma
Paulo Paixão
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Moradores da rua Lourenço Zaneti Netto, no loteamento Meller, em Criciúma, estão preocupados, pois não conseguem regularizar suas residências. O problema afeta cerca de 25 famílias do loteamento.

Segundo os moradores, a falta de documentação está relacionada à indefinição sobre a continuação das obras do Anel Viário, como explica Matilde Borges Marciel Cardoso. “Reuni o pessoal que não tem as escrituras e fomos até a Prefeitura para reivindicar a documentação. Lá, nos informaram que estamos em uma área sobreposta ao traçado do Anel Viário. Disseram ainda que irão analisar o projeto e que, caso o Anel Viário não passe mais por aqui, eles se comprometem a emitir as escrituras para nós”, relata a costureira, que mora no local há 28 anos.

O presidente da associação do loteamento, Luiz Roberto Bonifácio, também destaca a influência da construção do Anel Viário na situação. “A suspensão da entrega das escrituras foi atribuída ao traçado do Anel Viário, e muitos moradores foram prejudicados por isso”, afirma Bonifácio.

Preocupação

O aposentado Vilmar Silveira Cardoso também demonstra preocupação com a falta do documento. “Fizemos toda a documentação necessária e agora estamos esperando pela escritura. Desde que viemos para cá, pagamos o IPTU, mas não temos a escritura”, ressalta.

Juliano Vicente compartilha a mesma apreensão diante da indefinição que impede os moradores de obterem as escrituras. “Estamos nessa luta há muito tempo. Eu mesmo moro aqui desde 1996 e enfrentamos esse problema há anos. Por direito, já é nosso, e queremos a escritura, que é um grande sonho para muitas famílias da comunidade”, afirma.

Assunto chega à Câmara de Vereadores de Criciúma

A falta de escrituras foi tema de discussão no Legislativo de Criciúma. O vereador Aldinei Potelecki (Republicanos) protocolou um requerimento, aprovado pela Câmara, solicitando esclarecimentos da Prefeitura sobre a regularização dos terrenos. Ele questiona se o projeto do Anel Viário será efetivamente executado, qual a previsão para início e término das obras, quais medidas serão adotadas para garantir assistência e indenização às famílias impactadas e se há um plano de reassentamento para os moradores afetados.

O vereador Ademir Honorato (PL) também abordou o tema na tribuna, destacando as etapas das obras do Anel Viário. Até o ano passado, ele atuou como coordenador regional da Secretaria de Infraestrutura do Estado e, segundo ele, ainda não há definição se o Anel Viário passará pelo trecho onde residem essas famílias sem escritura.

Obras

A informação também foi confirmada pelo atual coordenador regional da SIE, Miro Ghisi. “Atualmente, as obras do Anel de Contorno Viário terminam em frente ao Moniari, em uma rotatória. Se, no futuro, houver outra etapa que dê continuidade ao projeto até a Universitária, isso será uma nova discussão. Por enquanto, a obra vai apenas até a rotatória na Avenida Luiz Lazzarin. Existem estudos e expectativas, mas, no momento, não há nada definido”, explica.

A reportagem procurou a Prefeitura para obter informações sobre as escrituras ainda não emitidas, mas, até o fechamento desta matéria, não houve retorno.

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