Criciúma
Edson Padoin
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Os programas de estágio e aprendizagem têm se mostrado cada vez mais essenciais para o sucesso de empresas e o desenvolvimento de jovens profissionais. Embora muitas vezes confundidos, os estagiários e jovens aprendizes desempenham papéis fundamentais dentro das organizações, não só contribuindo com mão de obra qualificada, mas também sendo agentes de transformação em sua própria trajetória profissional.
De acordo com o supervisor do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) de Criciúma, Tiago Studzinski Fontana, esses programas são cruciais para o desenvolvimento do jovem e das empresas. “Os estagiários e jovens aprendizes desempenham papéis importantes dentro das empresas, tanto para o seu desenvolvimento quanto para o crescimento da organização. Muitas vezes, as pessoas confundem e acham que os dois programas são os mesmos, mas eles têm especificidades que atendem a necessidades diferentes”, explica.
Conforme Fontana, os estagiários geralmente são estudantes do ensino médio, técnico ou superior que buscam experiência prática na área de sua formação acadêmica. O objetivo principal do estágio é complementar a teoria aprendida nas aulas com a prática no mercado de trabalho.
“A carga horária de estágio para estudantes de ensino médio é de quatro horas diárias, totalizando 20 horas semanais. Já para estudantes de nível técnico ou superior, o estágio exige uma carga horária de seis horas diárias, sendo 30 horas semanais”, detalha.
Foco
Por outro lado, os aprendizes são jovens de 14 a 24 anos, contratados por meio do programa de Aprendizagem. Este contrato combina trabalho prático na empresa com cursos de capacitação teórica, geralmente oferecidos pelo CIEE. “O foco do programa de aprendizagem é dar ao jovem a oportunidade de seu primeiro emprego e qualificá-lo para o mercado de trabalho”, afirma o supervisor. Ao contrário dos estagiários, os aprendizes possuem carteira de trabalho registrada e têm direito a benefícios trabalhistas.
Oportunidade de crescimento e identificação profissional
Tanto para os jovens aprendizes, os programas oferecem a chance de desenvolver habilidades práticas essenciais para a carreira. A experiência no ambiente corporativo permite que o jovem se familiarize com o mercado de trabalho, conheça as funções de sua área de atuação e, em alguns casos, até descubra novas vocações.
Vivência
Fontana destaca ainda a importância dessa vivência. “O estagiário tem a chance de praticar o que está estudando e desenvolver habilidades técnicas na sua área. Além disso, ele cria uma rede de contatos, o famoso networking, essencial para o futuro profissional”, afirma. Ele também menciona que, muitas vezes, o estágio permite que o jovem descubra se realmente deseja seguir a carreira que imaginava. “Por exemplo, alguém que sonha em ser enfermeiro pode descobrir, no primeiro contato com o trabalho, que não se sente confortável com determinadas situações. Essa vivência prática permite tomar decisões mais conscientes sobre o futuro”, complementa.
Mercado promissor e muitas oportunidades
O mercado para estagiários e aprendizes na região de Criciúma tem se mostrado promissor. Com inúmeras vagas abertas em empresas locais, o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) tem contribuído para estreitar o relacionamento entre jovens e empresas. “O mercado está em expansão. Muitas empresas da região estão se conscientizando da importância desses programas, e há uma grande demanda por estagiários e aprendizes em diversas áreas, como administração, pedagogia, psicologia, e na área de produção e bancária”, destaca.
Contratação
Além disso, a movimentação de contratações tem sido cada vez mais cedo, com muitas empresas já iniciando as seleções desde o início do ano. Segundo o supervisor do CIEE, 2025 começou promissor, com muitas vagas sendo abertas já no início de fevereiro. “O fluxo de contratações normalmente começa mais para o final deste mês e março, mas este ano já tivemos uma grande movimentação em janeiro e fevereiro. Temos muitas expectativas para este ano”, conclui o supervisor do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) de Criciúma, Tiago Studzinski Fontana.
Aprendizado e desafios na prática

Para muitos estagiários, a experiência no mercado de trabalho é fundamental para moldar suas habilidades e garantir uma entrada bem-sucedida em suas respectivas áreas. Éverton Almeida Horacio, estagiário da Agência de Comunicação da Unesc, conta sua experiência. “O estágio foi importante porque pude aplicar o conhecimento que estava adquirindo no curso de jornalismo. Além disso, pude desenvolver habilidades práticas, como comunicação e ‘jogo de cintura’, que não aprendi na sala de aula”, relata.
O estudante salienta ainda que o estágio também serve como uma forma de preparo para o mercado de trabalho. “Quando iniciei o programa, eu tinha poucas habilidades. O estágio ele proporciona que você desenvolva habilidades que o mercado vai exigir no dia a dia. Além disso, como a área da comunicação é muito ampla, o estágio também serve para o estudante ver qual área ele deseja se especializar.”
Sonho
Já o estagiário da Rádio Unesc, Eduardo José de Souza, compartilha sua jornada no campo da comunicação. “Meu sonho sempre foi trabalhar em rádio, e o estágio me deu essa oportunidade. Além de aprender a produzir programas, tive que me adaptar e aprender a operar a mesa de áudio, algo que eu não imaginava fazer. Isso foi um grande desafio, mas também um grande aprendizado”, afirma.
Souza ainda salienta que é possível conciliar os estudos com o estágio. “Foi necessário me organizar, mas eu consigo dar conta de conciliar com os estudos.”
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