Servidores da Educação cobram reajuste de 23%

Florianópolis
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A direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte/SC) esteve em audiência ontem com o secretário Estadual de Administração, Vânio Boing. O sindicato cobrou reajuste salarial de 23% e descompactação da tabela salarial, com aplicação de 100% do Fundeb. O Governo do Estado apresentou uma proposta de reajuste de 9% parcelado em duas vezes, uma paga em maio/2025 e outra em janeiro/2026.

A pauta dos trabalhadores da educação é de 23% de reajuste, referente a 18% de defasagem salarial acumulada desde 2021 e mais 5% de ganho real. A avaliação do Sinte/SC é que o Governo tem condições financeiras de garantir uma recomposição salarial, visto que a Secretaria de Educação – SED deixou de executar cerca de R$ 630 milhões de seu orçamento em 2024 e o orçamento total da SED cresceu 19,5% em 2024.

“Sabemos que há recursos para garantir uma valorização aos trabalhadores e trabalhadoras da educação, por isso entendemos que a proposta apresentada pelo governo, ainda de forma parcelada, não atende às reivindicações da categoria”, ressalta a coordenadora do Sinte/SC, Alvete Pasin Bedin.

O estudo econômico do Sinte/SC aponta que as despesas com pessoal no orçamento da SED, que historicamente sempre superou o patamar de 70%, encontra-se atualmente em 60%. Caso o governo recompusesse este patamar histórico, o gasto com pessoal poderia ter sido 16,4% superior ao que foi em 2024, com incremento de R$ 660 milhões.

“Para cobrar o compromisso do Governador em aplicar 100% do Fundeb na descompactação da tabela salarial, que estamos mobilizados e cobrando a valorização do Governo do Estado”, destaca Alvete.

Possibilidade de greve

A categoria estará em assembleia hoje, a partir das 14h, na Praça Tancredo Neves, em Florianópolis. A indicação do sindicato é para que a proposta seja rejeitada e que as mobilizações continuem a fim de pressionar o governo por um reajuste que atenda às expectativas dos trabalhadores e trabalhadoras da educação.

A coordenadora do sindicato aproveitou para convocar toda a categoria para participar, reforçando que só a mobilização coletiva pode garantir conquistas concretas. “O momento exige unidade e ação”, finaliza Alvete.

Caso a proposta seja negada, uma votação será realizada para decidir se os servidores entrarão novamente em greve.

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