Terapias ajudam detentos a se livrar do vício em drogas

Criciúma
Luan Ghisi
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Teve início o tratamento de usuários de drogas no Presídio Regional de Criciúma. A iniciativa envolve sessões de terapia com um grupo de detentos do local e serve como um auxílio para que os apenados que estão próximos de ficar em liberdade consigam lidar com a sua dependência química no retorno ao convívio em sociedade. O projeto surgiu do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), em conjunto com a Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) e com o setor de psicologia do presídio.

Esse tratamento em sessões acontece por meio de um estágio curricular obrigatório em Psicologia Social, com acadêmicos do curso de Psicologia ministrando as atividades, contando com a orientação de um professor. A primeira etapa consistiu na observação, conhecendo a equipe técnica do presídio, acompanhando alguns atendimentos e então, na última semana, aconteceu o primeiro encontro do grupo.

Seleção

Os participantes foram selecionados pela equipe de psicologia e pelo setor de segurança do presídio. As ações são com apenados que estão próximos de alcançar sua progressão ao regime aberto e o livramento condicional, momento em que retornarão ao convívio em sociedade.
A psicóloga, professora da Unesc e doutora em Saúde Coletiva, Larissa de Abreu Queiroz, explicou que uma questão importante trabalhada dentro do projeto é a perspectiva de vida e de futuro dos apenados.

“A questão primordial é que a maioria dessas pessoas não tem um objetivo, um projeto de vida, algo fora do sistema penitenciário que também motive elas a procurarem outras possibilidades. Então a pessoa acaba saindo, reingressando para a sociedade, mas muitas vezes ela está excluída do mercado de trabalho. Muitas vezes ela já está com os vínculos familiares rompidos. Então isso acaba tornando a droga um foco muito maior na vida dessa pessoa. Assim, obviamente, o risco de cometer um delito para conseguir a droga acaba sendo maior”, apontou a profissional.

O tratamento, então, atua para que os detentos recuperem esses aspectos que podem ajudar a mantê-los longe das substâncias químicas e também de novos crimes. “Então o projeto é justamente para que essas pessoas possam resgatar a identidade delas. Para além de ser uma pessoa que faz uso de drogas. Para além de ser uma pessoa que está presa, que está encarcerada. Resgatar a identidade dela, os sonhos, quem ela é. Muitas vezes pensar que redes de apoio, que familiares, que amigos que elas podem retomar a convivência, as relações, porque a gente sabe que isso também é um fator protetivo”, pontuou Larissa.

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