Estação irá monitorar a qualidade do ar em Criciúma

Criciúma
Edson Padoin
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Acidade de Criciúma será beneficiada com a instalação de uma estação de monitoramento da qualidade do ar, graças a um investimento significativo do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). Esta iniciativa faz parte de um projeto mais amplo que inclui a instalação de quatro estações em diversas localidades do estado, incluindo Florianópolis, Joinville e Chapecó.

O IFSC foi selecionado através de um edital da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), recebendo um total de R$ 2,5 milhões. Esse valor será utilizado para a aquisição das quatro estações de monitoramento e de um supercomputador de alto desempenho. O objetivo é aprimorar o monitoramento ambiental e proporcionar dados mais precisos sobre a qualidade do ar em diferentes regiões do estado.

Segundo o vice-coordenador do mestrado em clima e ambiente no IFSC/Florianópolis, Mário Quadro, o edital lançado no ano passado, denominado Edital Multilab, visa fornecer melhores condições aos laboratórios de pesquisa do estado em termos de equipamentos. “A nossa proposta contemplou a aquisição de quatro estações de monitoramento da qualidade do ar, sendo uma em Criciúma, além de um supercomputador para previsão de tempo e clima, incluindo a qualidade do ar”, afirmou Quadro.

APENAS TRÊS EM SC

Atualmente, Santa Catarina conta com três estações automáticas de monitoramento, localizadas em Tubarão e Capivari de Baixo, monitoradas pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA). Ontem as estações mostraram que a qualidade do ar na região está classificada como “boa”, o que é o melhor índice possível. No entanto, com o aumento das queimadas e a poluição transportada de outras regiões, a necessidade de um monitoramento mais detalhado se torna ainda mais urgente.

“Nos últimos dias, muito está se falando no Brasil sobre a qualidade do ar, principalmente com relação às queimadas. Há um mês não imaginávamos que iríamos ter essa conversa, principalmente no litoral onde a qualidade do ar é boa. Mas o que tem acontecido é que essas fumaças estão sendo transportadas de outras regiões. Isso provocou um aumento da poluição no estado e na qualidade do ar”, detalhou.

Trabalho de controle será mais eficaz na região

A instalação da estação em Criciúma e nas outras cidades está prevista para começar até o final deste ano. Os equipamentos, que estão atualmente no processo de importação, devem começar a operar em tempo real no início de 2025, após uma fase de testes.
“A qualidade do ar tem um impacto direto na saúde da população e nos serviços ambientais. Com essas novas estações, seremos capazes de monitorar de forma mais eficaz a poluição e responder rapidamente a qualquer alteração nas condições ambientais”, destacou Mário Quadro.

Além da instalação das estações, o IFSC irá trabalhar em colaboração com o Instituto do Meio Ambiente (IMA) e a Defesa Civil de Santa Catarina para garantir o compartilhamento de dados e a integração das informações obtidas. Essa colaboração é fundamental para oferecer uma visão mais completa e precisa da qualidade do ar e para tomar decisões informadas sobre a gestão ambiental.

“Por questão de logística, pretendemos colocar os equipamentos nos câmpus do IFSC de cada localidade. A ideia é propor um ponto de instalação que seja capaz de medir a qualidade do ar na região”, completou o vice-coordenador do mestrado em clima e ambiente no IFSC/Florianópolis, Mário Quadro.

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