Produtores iniciam colheita de tabaco na região Sul

Morro da Fumaça
Edson Padoin
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A safra de colheita de fumo no Sul de Santa Catarina começou, mas não sem algumas dificuldades. O clima desfavorável no início da plantação, combinado com o aumento do custo de produção, tem trazido preocupações para os produtores, ao mesmo tempo em que surgem expectativas otimistas em relação à qualidade e ao volume da produção.

O início da colheita de fumo foi marcado por condições climáticas adversas. O inspetor de campo das filiais da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) no Litoral Sul, Hilário Boing, relata que o clima na fase de preparação do solo e plantio não foi favorável, resultando em diversos problemas para os produtores. “A safra começou um pouco conturbada em relação ao clima, que não era propício na hora de preparo do solo. No momento que o produtor fez os canteiros ocorreu muita chuva e deu muito problema de doenças. O início da safra do plantio também foi um período muito chuvoso, o que prejudicou bastante. Muitas lavouras amarelas, com perda de raiz. Teve produtor que até eliminou parte da lavoura e replantou novamente. Então, foi bem conturbado o começo”, explica Boing.

Apesar do início desafiador, o clima melhorou nas últimas semanas, o que proporcionou um melhor desenvolvimento das lavouras. “Depois o clima foi melhorando e a lavoura também foi se desenvolvendo um pouco melhor”, completa.

Expectativas de aumento de área plantada

Mesmo diante das dificuldades climáticas, a previsão é de que a área plantada na região do Litoral Sul tenha um aumento significativo. “A área plantada deve ter um aumento. Estamos trabalhando numa projeção de 15%, isso em função dos produtores que estão na ativa plantarem um pouco mais e algumas propriedades terem reativado o plantio”, destaca Hilário Boing. Esse aumento reflete uma tendência de recuperação da produção após anos de retração, mas traz consigo um desafio significativo: a contratação de mão de obra.

A colheita de fumo, que se estende por cerca de três meses, depende fortemente de trabalhadores sazonais. No entanto, encontrar mão de obra tem se tornado cada vez mais difícil e caro. “Aqui na nossa região, particularmente, tem muita contratação de mão de obra, visto que as famílias que estão na propriedade são em pequeno número. Então, eles necessitam contratar essa mão de obra terceirizada e, por sinal, uma mão de obra bastante cara. Hoje, uma diária de peão para colher tabaco está em torno de R$ 300”, detalha o inspetor. Esse valor, considerado alto para o setor, tem pressionado os produtores que já enfrentam outros aumentos nos custos de produção.

Visão dos agricultores locais para a safra

Dilanio Willian Sartor, produtor de Morro da Fumaça, compartilha sua visão sobre a safra deste ano. Para ele, a distribuição das chuvas até agora tem sido benéfica, o que o deixa otimista. “Estamos tendo chuva bem distribuída e isso está ajudando. Ainda estou no início da colheita e vou precisar que o clima continue assim até o final do ano para ter uma boa lavoura. No ano passado, tivemos uma colheita toda embaixo de chuva e acabamos perdendo um pouco da produção”, relata.

Expectativa

A expectativa de Sartor é que a produção de fumo deste ano supere a do ano passado, tanto em quantidade quanto em qualidade. “A expectativa é que a gente tenha uma boa safra. Temos uma previsão que vamos superar a produção em quilos da safra de 2023 e a venda esperamos que se mantenha no mesmo preço dos últimos dois anos”, afirma.

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