Salvaro retoma a Prefeitura de Criciúma e denuncia más condições da prisão

O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), retomou seu mandado na Prefeitura de Criciúma durante a manhã desta sexta-feira, dia 1°. O ato de posse de Salvaro reuniu um grande público no hall de entrada do Paço Municipal Marcos Rovaris, além de diversas autoridades políticas. O prefeito reassume o cargo pelos próximos dois meses, quando seu sucessor Vagner Espíndola, o Vaguinho (PSD), assume a função, no dia 1° de janeiro de 2025.

Dentre os convidados, estava o prefeito da cidade de Chapecó, no oeste catarinense, João Rodrigues (PSD), que também já teve passagem na prisão. “Eu mesmo já passei por isso, e o Clésio também. Ele viveu o pior e o melhor momento da sua vida em um curto espaço de tempo”, conta.

O prefeito eleito de Criciúma também esteve presente. “Só nós sabemos o que passamos também, que eu sou chorão, mas prometi que não vou chorar. Porque nós garramos em Deus e é isso que nos trouxe até aqui, e é isso que está acontecendo no dia de hoje”, diz Vaguinho, emocionado.

Mais um político presente no ato foi o deputado estadual Júlio Garcia, também do PSD, que em sua fala citou a juíza do caso Marielle Franco. “A juíza Lúcia Glioche já anunciou a sentença do caso Marielle e disse o seguinte: ‘A justiça é lenta, a justiça é burra, e a justiça é falha. Mas ela chega”, proferiu.

Após a deputada federal Geovania de Sá, chegou a vez de Salvaro pegar o microfone, e deixou sua gratidão ao Poder Judiciário. “O momento de hoje é para dizer o poder judiciário um muito obrigado, por devolver ao meu pai, um senhor 86 anos o filho. Muito obrigado ao poder judiciário por devolver para os meus filhos o pai. Muito obrigado ao Poder Judiciário por devolver para minha mulher o marido, que ficou vinte e quatro dias longe da cidade, passando para o meio das piores provações que o ser humano pode passar”, agradeceu.

Ainda com a fala, o prefeito de Criciúma contou pelo que passou na cadeia, e abriu uma “denúncia” aos direitos humanos. “Me levaram para a penitenciária sul, aonde passei as maiores humilhações da minha vida, e serve essa minha fala, como uma denúncia à Comissão de Direitos Humanos na Assembleia Legislativa. Não é possível acorrentar, alguém réu primário, sem antecedentes. Alguém com residência fixa, acorrentar os pés, as mãos, colocar e jogar numa sala fechada, trancada e dizendo aqui tem três garrafas de água e não tem água aqui, deixe a torneira aberta, porque a água só vem das 11h30 ao meio-dia”, experienciou Salvaro.

No presídio de Itajaí, Salvaro teve um melhor tratamento. “Lá eu fui tratado com dignidade. Não tive privilégios, mas fui tratado com dignidade. E hoje, depois de 24 dias, aliás, escrevi no meu diário. Não teve, momentos, não teve dia que eu não chorei. Aliás, eu chorava muito”, finalizou.

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