Dia do Estudante: sonhos e conhecimento em construção

Criciúma
Edson Padoin
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No Brasil, o 11 de agosto é uma data marcada pela comemoração do Dia do Estudante, um momento de celebração e reflexão sobre a importância da educação e o papel central dos estudantes na sociedade. Instituído oficialmente em 1927, o dia visa reconhecer a contribuição dos alunos para o desenvolvimento do país e promover uma discussão mais ampla sobre os desafios enfrentados pelo setor educacional.

A escolha da data remete a um marco histórico na luta estudantil. Em 11 de agosto de 1827, foi promulgada a primeira lei de Ensino Superior no Brasil, que estabeleceu a criação de faculdades de Direito em São Paulo e Olinda, em Pernambuco. Desde então, o Dia do Estudante tem sido um momento de celebração e de reflexão sobre a trajetória e o impacto dos estudantes na sociedade.

ESTUDOS

Valmor Anthoni Conti, estudante do 8º ano da Escola Jorge Da Cunha Carneiro, em Criciúma, exemplifica o engajamento dos jovens na instituição. Participante ativo do clube de matemática e do clube de língua portuguesa, o aluno descreve como essas atividades extracurriculares contribuem não apenas para aprimorar suas habilidades, mas também para fortalecer a mente.

“Eu estudo no período da manhã e durante a tarde eu costumo participar de atividades extras, como o clube de matemática e de língua portuguesa. Isso é bom não só para aprimorar as habilidades do estudante, mas para fortalecer a mente. Ainda não sei o que vou fazer depois da escola, mas estou estudando para tentar descobrir”, conta Valmor.

Já Anna Júlia Rosa da Silva, presidente do Grêmio Estudantil e aluna do 9º ano, também se destaca como exemplo de liderança e determinação. “Eu tinha muitos colegas que estavam no Grêmio e eles falavam que eu tinha perfil para também participar. Então decidi criar uma chapa e venci a eleição”, detalha. A aluna sonha um dia ser responsável por salvar vidas na área da saúde. “Meu sonho é ser médica e estou estudando muito para isso ser concretizado”, revela Anna Júlia.

Desafios e adaptações na educação

A orientadora pedagógica da escola, Greice Arismendi, reflete sobre os desafios atuais enfrentados na educação. “A tecnologia vem para agregar na educação. Nós incentivamos os professores a utilizarem diferentes ferramentas para chamar atenção, para contribuir com a prática pedagógica deles em sala de aula. Porém, a gente sabe que a disputa é muito injusta, porque o prazer momentâneo dos estudantes com as redes sociais, com os meios de comunicação e diferentes plataformas, acaba fazendo com que o professor seja menos atrativo”, explica Greice.

Esse comportamento, segundo a orientadora, tem gerado desafios adicionais, como a redução da paciência dos estudantes para ler e compreender textos complexos, preferindo informações mais rápidas e resumidas. “Os alunos estão cada vez mais dormindo mais tarde e acordando mais cedo para estarem conectados, inclusive com os colegas em jogos online, e isso prejudica porque o aluno dorme pouco, acaba ficando mais irritado, com menos tolerância e menos vontade de aprender e se desenvolver academicamente. Os estudantes hoje também possuem menos tolerância, eles querem tudo muito rápido. Isso para nós é um desafio muito grande”, conta.

A orientadora também menciona a importância da formação continuada, independentemente da idade do aluno. “A gente percebe a necessidade dessa formação continuada em qualquer área profissional, principalmente os professores. Nós inclusive esse ano, assim como nos outros, estamos desenvolvendo um projeto de escola como espaço de formação, orientado pela Secretaria de Educação”, conta Greice. A escola promove projetos focados em temas como saúde mental, relações antirracistas e adaptação curricular, com o objetivo de criar um ambiente inclusivo.

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