Carbonífera Criciúma: investigação apura suposto desvio de R$ 470 milhões

Criciúma
Edson Padoin
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Uma investigação judicial está apontando que pelo menos R$ 470 milhões podem ter sido desviados da Carbonífera Criciúma antes da falência da empresa. O caso tem gerado grande repercussão e o processo completo ainda segue em segredo de justiça.

O advogado e administrador judicial da falência, Maurício Colle, explicou que a situação é delicada e envolve um processo judicial complicado. “Sabemos que é um processo meio conturbado e que tem representação na cidade porque são ex-funcionários de uma carbonífera que foi a maior do Sul, ou até mesmo do país. Recebo ameaças como se eu fosse o devedor. Mas o nosso objetivo é atender todas as demandas, esse é o nosso propósito”, afirmou Colle.

Apuração

A investigação sobre os supostos desvios, que envolvem tanto pessoas físicas quanto jurídicas, está sendo conduzida por um dos maiores escritórios especializados em investigação patrimonial de São Paulo. Colle revelou que a ação judicial de desconsideração da personalidade jurídica (IDPJ) já foi ajuizada e visa atingir o patrimônio de indivíduos e entidades que tiveram envolvimento com a Carbonífera Criciúma. “Nós contratamos um dos maiores escritórios de São Paulo na área de investigação patrimonial. Ajuizamos uma Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica (IDPJ) para atacar o patrimônio de diversas pessoas físicas e jurídicas que tiveram relação com a carbonífera e essa relação suspeita de desvio de patrimônio”, afirmou.

Embora o processo esteja em segredo de justiça, Colle adiantou que, após a citação das partes envolvidas, ele poderá revelar mais detalhes sobre as pessoas que estão sendo investigadas. “Eu não posso falar ainda quem são essas pessoas porque o processo está em segredo de justiça. Depois que houver a citação de todos os envolvidos, eu vou ter a permissão para tratar sobre nomes”, explicou.

O advogado também detalhou que o desvio de R$ 470 milhões foi identificado pela empresa contratada para a investigação. O valor corresponde ao crédito na falência e foi desviado antes da falência ser decretada. “Esse desvio foi antes da falência, esse foi o entendimento da empresa contratada, que houve um desvio de patrimônio e, por consequência, essa IDPJ vai atrás dessas pessoas. Isso é uma ação própria para buscar patrimônio dos envolvidos que afetaram o patrimônio da massa falida. Essa ação já está ajuizada”, concluiu.

Próximos meses

O caso segue em segredo de justiça e a expectativa é que novas informações sobre o desvio de recursos e as pessoas envolvidas sejam divulgadas após a conclusão da investigação.

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