Tigre mudará a preparação física

Tiago Monte

Criciúma

Um dos quesitos mais questionados por grande parte da torcida do Criciúma, na temporada deste ano, foi a preparação física. Para esses torcedores, o time “morria” no segundo tempo. Ou seja, não conseguia manter a intensidade durante os 90 minutos de jogo. Para o ano que vem, o Diretor Executivo de Futebol, Juliano Camargo, garante que, com a chegada do novo técnico, Zé Ricardo, haverá mudança em toda a comissão técnica. Inclusive, o preparador físico será trocado. “Teremos mudanças. Praticamente, muda toda a comissão técnica. O Zé traz a comissão nova, com preparador físico e um auxiliar. Devemos mudar o analista de desempenho. Vai mudar bastante coisa. É uma nova metodologia”, assegura o dirigente, em entrevista ao programa Visão de Jogo, apresentado por Renato Semensati e Alex Dagostim.

Juliano, inclusive, fez uma revelação importante sobre o grupo de jogadores deste ano. “Quando eu cheguei ao Criciúma, tínhamos oito atletas com percentual de gordura acima. Eles voltaram a estar dentro do percentual. Isso, um mês depois de eu chegar. São processos e cabe a gente gerenciar”, revela.

Com os jogadores acima do peso, em grande parte da temporada, o time não teve condições físicas, inclusive, de assegurar a permanência do clube na Série A do Brasileirão para 2025. “No final do campeonato, nosso time estava fisicamente e psicologicamente extenuado. A competição é dura e a pressão por resultados fez o time sentir”, destaca Juliano.

Queda de rendimento na reta final        

Para o dirigente, a Série A do Brasileiro é muito difícil. Além disso, o dirigente atribuiu o rebaixamento a uma queda de desempenho da equipe carvoeira. “A Série A do Brasileiro é muito difícil. Não à toa, Atlético-MG brigou para não cair até a última rodada. O Athlético-PR caiu, Red Bull Bragantino e Fluminense escaparam por pouco. A competição é muito difícil, mas dava para escapar e permanecer. Nós tínhamos oito jogos para ganhar dois. Só que, infelizmente, nosso time caiu de rendimento”, diz.

Juliano destaca os jogos que foram “chaves” para a queda do Tigre. “Na minha percepção, foram dois jogos-chave: contra o São Paulo, onde ganhávamos até 43 minutos do segundo tempo, e o último jogo com o Red Bull. Só que não é simples assim: tem a parte mental, física, técnica e nós tínhamos limitações. Agora, não adianta tentar achar culpados. O “cachorro está morto” então “é fácil chutar””, reflete.

Juliano ressalta que a função do Executivo de Futebol é muito mais complexa do que muitas pessoas imaginam. “A função de um Executivo de Futebol é muito além de contratar jogadores e profissionais. Fizemos reuniões com os atletas e o Tencati, após o jogo contra o Palmeiras, para mobilizar e centrar. Fizemos grandes jogos contra Athlético-PR e Grêmio. Então, funcionou e subimos na tabela”, pontua.

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