Sem gotinha: vacina contra a poliomielite é alterada para injetável

Criciúma
Alexandra Cavaler
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O adeus as gotinhas. No ano de 2023, o Ministério da Saúde anunciou que passaria a adotar exclusivamente a vacina inativada poliomielite (VIP) no reforço aplicado aos 15 meses de idade, o que até então era feito de forma oral. O mesmo já ocorre nas doses aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de vida. Já a segunda dose de reforço, antes aplicada aos 4 anos, não é mais necessária, uma vez que o esquema vacinal com quatro doses, conforme informações do Ministério, garante proteção contra a doença, ou seja, não se trata de uma nova dose, mas de um novo esquema de imunização contra a pólio.

Desde novembro passado, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Criciúma passaram a adotar a aplicação do novo esquema vacinal contra a poliomielite, em conformidade com o cronograma estabelecido pelo Ministério da Saúde. A mudança visa melhorar a proteção das crianças contra o vírus. “Desde novembro de 2023 adotamos o novo quadro vacinal de acordo com o Ministério da Saúde. Essa alteração é importante porque enquanto a vacina oral (VOP) protegia contra dois tipos de poliovírus, a vacina injetável (VIP) protege contra três. As crianças devem ser vacinadas para que não sofram com as sequelas de doenças que podem ser evitadas, e se toda a população seguir o calendário vacinal, poderemos manter nossas crianças seguras”, explica o secretário municipal de Saúde de Criciúma, Deivid de Freitas Floriano.

Já a gerente de Vigilância em Saúde, Andréa Goulart de Oliveira, reforça a gravidade da paralisia infantil, que pode ser prevenida através da vacina. “A Poliomielite, comumente chamada de pólio, é uma doença altamente contagiosa causada pelo poliovírus selvagem. Em casos mais leves, as pessoas infectadas com esse vírus podem apresentar sintomas semelhantes aos da gripe. Em casos mais graves, o vírus destrói partes do sistema nervoso, causando paralisia permanente nas pernas ou braços, em muitos casos levando a morte”, alerta.

Atualização

A atualização considerou critérios epidemiológicos, evidências relacionadas à vacina e recomendações internacionais sobre o tema. Desde 1989, não há notificação de casos de pólio no Brasil, mas as coberturas vacinais sofreram quedas sucessivas nos últimos anos.

Zé Gotinha

Apesar da mudança no esquema vacinal, o Zé Gotinha, símbolo da vacinação no Brasil, vai permanecer. A primeira vez que a mascote apareceu nas campanhas foi em 1986 e foi criado com o intuito de aproximar a campanha das crianças.

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