Forquilhinha ainda sonha com voos comerciais no Diomício Freitas

Forquilhinha
Thiago Oliveira
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Por muitos anos, o Aeroporto Diomício Freitas, em Forquilhinha, foi a grande referência no Sul, operando voos comerciais para todo o Brasil. Mas sem nenhuma empresa instalada no local desde 2016, e a construção do Regional de Jaguaruna, o aeródromo perdeu espaço e acabou sendo destino apenas de aeronaves particulares.
Uma realidade que o prefeito José Cláudio Gonçalves, o Neguinho (PSD), quer mudar. Desde o primeiro mandato, tem essa como uma bandeira. Mas segundo o secretário de Estado de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Ivan Amaral, Jaguaruna seguirá recebendo os voos comerciais, pelo menos em médio e curto prazo. “Hoje, Forquilhinha não vai receber aviação comercial. A ideia é que o aeroporto opere com aviação geral, como voos executivos”, disse o secretário.

Porém, a partir de 16 de abril, o aeroporto de Forquilhinha, que atualmente é administrado pelo Estado, passará a ter a gestão comandada pelo governo municipal. E é neste cenário, que Neguinho espera por uma mudança. “Foi o que eu pactuei com o ex-secretário Beto Martins (atualmente senador). Devo muito para o estado de Santa Catarina, que fez as obras de revitalização. Devo muito para o governador Jorginho Mello, para o ex- secretário Beto Martins. Inclusive para o secretário atual, o Ivan Amaral. Mas o que eu pactuei com o Beto Martins, é que enquanto o Estado estivesse com o Diomício Freitas, ele não terá voos comerciais. Depois, o município poderia fazer as tratativas que melhor viessem para o desenvolvimento da minha cidade, de Criciúma e da região. E para nós, o que mais convém para a região, é a volta dos voos comerciais. Estou falando de Região Carbonífera, do Extremo Sul. De todo o Sul do Estado, já que o Humberto Bortoluzzi é um aeroporto que até agora não decolou”, avaliou Neguinho.

Diferenciais do aeroporto

O prefeito de Forquilhinha destacou que as melhorias realizadas no Aeroporto Diomício Freitas, deixam ele à frente do Regional de Jaguaruna, o que é um diferencial para as empresas aéreas. “Tem estação meteorológica que é um equipamento de R$ 4 milhões, que minimiza os problemas causados pela neblina. E o Humberto Ghizzo Bortoluzzi não tem. Outro diferencial é o Saer dentro do aeroporto. Em todo o Estado, a única outra cidade que possui o Saer dentro do aeroporto é Chapecó. Então temos a revitalização, a estação meteorológica e o Saer que nos dão credenciais. É questão de atrair as empresas com os atrativos”, adiantou Neguinho.

Distância impede operação

Já o secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias garante que a proximidade entre os dois aeroportos impede que Forquilhinha receba os voos comerciais. “Quando nós fizemos a parceria público-privada, a concessão de Jaguaruna, a primeira coisa que nos perguntaram era isso, se ia ter aviação comercial em Criciúma, porque seria um aeroporto concorrente. Ele está em um raio menor que 100 quilômetros. Nessas operações de aeroporto, a gente considera que quando um aeroporto está dentro de um raio menor que 100 quilômetros, ele é concorrente. E ali são aeroportos próximos. A gente deixou bem claro nessa concessão que não haveria operações comerciais em Forquilhinha. Isso espantaria, vamos dizer assim, os participantes do leilão”, disse Amaral.

“Eu entendo que o prefeito queria trazer aviação comercial para a região de Criciúma, porque é mais próximo. Mas a gente está tratando Jaguaruna como Aeroporto Regional Sul. É ele que vai ter todas as aviações comerciais”, completa.

De acordo com o secretário, as dimensões das pistas também é um impeditivo para Forquilhinha. O aeroporto de Jaguaruna possui uma pista de 2.500 metros de comprimento, apta a receber grandes aeronaves, como jatos da Embraer e modelos Airbus e Boeing. Por outro lado, a pista do Diomício Freitas é mais curta, com 1.568 metros de comprimento e 30 metros de largura, limitando sua capacidade de operação

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