Desapropriação da antiga Unisul de Içara mais próxima

Içara
Thiago Oliveira
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A prefeita de Içara, Dalvania Cardoso (PL), deu mais um passo para concluir o processo de desapropriação da área onde estava instalada a Fundação InoversaSul, a antiga Unisul, no Bairro Liri, em Içara, ao garantir a emissão de posse por meio da Justiça. O local está fechado, mas ainda nesta semana, ela deve fazer uma vistoria junto com o jurídico do Município.

“O período em que a Unisul esteve aqui, era com objetivo educacional, então era isento de impostos. Acabaram saindo e nos desapropriamos o terreno, as instalações da Unisul”, explica a prefeita.

Reformas

Segundo Dalvania, o espaço, que possui três hectares, não está em boas condições. “Pelo que o nosso engenheiro já olhou, as instalações já estão bem precárias. Já foi roubada fiação elétrica. Vai precisar de uma boa reforma. Talvez vamos ter que gastar mais de R$ 2 milhões nessa reforma. E na questão do valor do terreno, nós avaliamos em R$ 4,5 milhões. Já depositamos esse dinheiro judicialmente e o juiz já nos deu a emissão de posse”, revela a prefeita içarense. “Vamos aproveitar o que é de Içara para os içarenses. Não para a especulação imobiliária”, completa.

Local vai virar Centro Integrado de Contraturno

A prefeita declarou a utilidade pública das instalações. A intenção, de acordo com ela, é que o espaço passe a abrigar o Centro Integrado de Contraturno para a educação, em tempo integral, de estudantes do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental.

“Dá uma alegria imensa saber que essa estrutura toda vai poder ser usada para as nossas crianças. Vamos deixar isso aqui maravilhoso com o Centro de Contraturno Escolar, para as crianças pelo menos 3 vezes por semana poderem fazer as aulas em contraturno aqui. Oficinas. Tem muito espaço, é muito bom esse terreno. Tem 16 salas de aula”, conta.
Dalvania lembra que a cidade tem avançado muito na educação. “Conquistamos o primeiro lugar no Ideb da Amrec; somos a primeira cidade que mais alfabetiza na idade certa na região carbonífera; conseguimos incluir o inglês desde o 1º ano do Ensino Fundamental; já temos quase 1.000 horas de formação continuada para os nossos profissionais da Educação; criamos a primeira escola em tempo integral e 876 novas vagas em creches”, destaca a prefeita.

Metas na educação

De acordo com a chefe do poder executivo, o Município deverá cumprir, também, a Meta 6 do PME (Plano Municipal de Educação) e do PNE (Plano Nacional de Educação). “E essa meta determina que as escolas devem ampliar em 50%, no mínimo, a educação em tempo integral. Onde se encaixa o complexo que planejamos instalar naquela área de 3 hectares, que está ociosa há muito tempo”, explica a prefeita, atentando que no lugar de uma construção, haverá apenas uma reforma.

Na prática – da escola, o estudante vai para o Centro Integrado de Contraturno. No local, vai almoçar, terá reforço escolar, atividade física, atividade artística, aulas de robótica e de informática. Serão cinco horas de aula em três dias da semana, resultando nas 35 horas caracterizadas, pelo MEC, como educação em tempo integral.

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