Mulheres vítimas de violência em Criciúma seguem sem abrigo

Criciúma
Alexandra Cavaler
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O número de feminicídios registrados em Santa Catarina neste ano já chega a 33 casos, isso apenas nos seis primeiros meses. Enquanto que em 2023, durante todo o ano foram 57 casos. Segundo dados da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) de Criciúma, no primeiro semestre o município somou 1.677 casos de violência doméstica. Destes, 8,77% contra homens e 91,23% contra mulheres.

Diante destes dados existe uma preocupação com a falta de um espaço adequado para o acolhimento dessas mulheres. Quem fala sobre o assunto é a presidente da Comissão de Combate à Violência Contra a Mulher e Acolhimento da Vítima da OAB, Dra. Neura Maria Corrêa Costa, uma vez que a casa existente em Criciúma foi fechada pelo poder público. “O fechamento da casa veio a um prejuízo violento com relação ao acolhimento de mulheres. Embora o município tenha acenado com a possibilidade de instituir o protocolo de acolhimento da vítima, noticiado em março e até hoje. Mas, com certeza, sem a casa de acolhimento, o protocolo ficaria prejudicado, porque o mesmo quer queira, quer não, fragilizado ou não, é feito na delegacia e está inserido no projeto ‘OAB por elas’ feito por uma equipe de voluntárias”, explicou a Dra. Neura.

INADEQUADO

Ela também fala sobre o acolhimento inadequado feito em hotel, por parte do governo municipal. “Já se sabe que o acolhimento em hotel é inadequado por razão da insegurança, porque é muito fácil um agressor localizar uma mulher num hotel que é barato, pago pelo município e todo mundo sabe disso. Não é difícil de encontrar uma vítima, ou seja, um local específico para o acolhimento é uma questão de segurança pessoal. Até porque muitas vezes a mulher é acolhida no hotel, mas têm duas, três, quatro crianças como já aconteceu. E ficam todos no pequeno espaço e as crianças sem local lazer, para brincar, sem rede de proteção nas janelas, não tem onde lavar roupa. Tudo isso dificulta muito”, assinalou, acrescentando: “É um acolhimento muito precário. Uma mulher numa situação de vulnerabilidade, agredida, violentada, lesionada muitas vezes, ela precisa ser acolhida por um mês, dois, até três, mas num hotel não tem condições”, enfatizou a presidente da comissão.

Contatos e instituições para denúncia e assistência:

Polícia Civil – 197
Disque Denúncia – 181Disque 100
Polícia Militar – Ligue 190

Delegacia de Proteção à Mulher de Criciúma – 3403-1717
Nuprevips – 3431-2764.
Creas – (48) 3445-8925

Apoio e Assessoria Jurídica:
Defensoria Pública – 3403-1133
Casa da Cidadania – 3433-4080
OAB – Ordem dos Advogados de Criciúma – 3437-0241

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