Mapa avalia incluir Satc em projeto nacional para produção de fertilizantes

A Satc deu um passo importante para se tornar um dos hubs do Centro de Excelência em Fertilizantes e Nutrição de Plantas (Cefenp), projeto liderado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Nesta sexta-feira (14), o assessor de programas estratégicos da Secretaria Executiva do Mapa, José Carlos Polidoro, visitou o Centro Tecnológico da instituição, em Criciúma, e conheceu os avanços nas pesquisas voltadas à fabricação de fertilizantes utilizando zeólitas.

“Qualquer solução que promova a produção de alimentos e garanta a segurança alimentar é prioridade para o Governo Federal, para o país e para o mundo. As pesquisas realizadas aqui na Satc têm um potencial incrível para serem aplicadas na região e além dela”, destacou Polidoro durante a visita.

O Cefenp, cuja sede será no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), terá hubs espalhados pelo Brasil e busca reduzir a dependência externa de fertilizantes químicos, um dos objetivos do Plano Nacional de Fertilizantes (PNF). A meta do PNF é diminuir as importações de 85% para 50% até 2050.

A Satc foi apontada como o nono centro mapeado no país para integrar essa rede. Segundo o diretor-executivo da instituição, Fernando Luiz Zancan, o convite reforça a relevância das pesquisas realizadas no Centro Tecnológico. “Recebemos o convite e agora vamos trabalhar para formalizar nossa solicitação de ingresso no projeto, o que deve acontecer em 2025. Estamos focados em reinventar a indústria do carvão mineral, e as pesquisas com zeólitas para o agronegócio mostram o quanto podemos avançar nesse sentido”, afirmou Zancan.

As zeólitas, usadas na fabricação de fertilizantes, são produzidas a partir de cinzas provenientes da queima do carvão mineral, misturadas com resíduos da indústria do alumínio e metais alcalinos. Esses compostos recebem macronutrientes como fósforo, potássio e nitrogênio, fundamentais para a fertilização do solo.

A inclusão no projeto, segundo Zancan, também abre possibilidades para fomentar um diálogo com o Governo de Santa Catarina sobre políticas públicas voltadas à produção de fertilizantes no estado. “A possibilidade de estarmos nesse projeto do Mapa é uma oportunidade única de colocar Santa Catarina no cenário nacional de produção de fertilizantes e contribuir para a segurança alimentar do país”, destacou o diretor-executivo.

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