Moradores questionam instalação de postes pela Celesc

Criciúma/Forquilhinha
Edson Padoin
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Os moradores do bairro São Roque, localizado no limite entre Criciúma e Forquilhinha, estão preocupados com a instalação recente de postes de energia pela Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina). A obra, realizada há cerca de três meses, tem gerado controvérsias, com muitos questionando a adequação e a segurança das estruturas instaladas em locais inadequados, como calçadas e até na cabeceira de uma ponte.

Um dos moradores da região, Rogério Castro da Luz, expressou seu descontentamento com a situação. “Eles instalaram esses postes há uns três meses. Eles não conversaram com ninguém, nenhum morador sabia”, afirmou. Ele ainda ressaltou os riscos envolvidos. “Os moradores estão preocupados devido ao risco de acidente. Alguns postes estão instalados na calçada e até na cabeceira de uma ponte. Um poste chega a estar quase invadindo a pista, que é muito estreita. Veículos grandes estão com dificuldades e já quase causaram alguns acidentes.”

Transtornos

Além disso, um morador que preferiu não se identificar, destacou os transtornos causados pela instalação inadequada das estruturas. “Sou morador do bairro São Roque e estamos enfrentando uma situação preocupante com a instalação dos postes de energia pela Celesc. Os postes foram colocados de maneira inadequada em várias áreas, o que tem gerado bastante desconforto e até mesmo risco para a comunidade local”, explicou. Para ele, a colocação dos postes na cabeceira de uma ponte, já um ponto de difícil acesso, é um dos maiores problemas. “Essa situação está causando transtornos para todos nós, moradores da região. A calçada, que deveria ser um espaço seguro e acessível para caminhar, se tornou um obstáculo”, completou.

O morador também ressaltou o impacto sobre a mobilidade. “O local impõe risco para pessoas com mobilidade reduzida, idosos e crianças. A falta de planejamento da instalação desses postes está prejudicando o dia a dia da nossa comunidade.”

Por outro lado, Volnei Zanelato, outro morador da área, adotou uma perspectiva diferente sobre as críticas. “Às vezes, as pessoas acabam reclamando independentemente da situação. Quando falta energia, há reclamações sobre a falta de postes. Quando os postes são instalados, também há críticas”, refletiu. Ele acredita que a instalação dos postes, embora controversa, é necessária. “A energia é essencial para todos, e a infraestrutura precisa ser desenvolvida para atender a toda a população”, argumentou, comparando a situação à instalação de antenas de telefonia. “Todo mundo quer, mas ninguém quer que seja instalado no seu espaço.”

“Local foi definido após um rigoroso processo”

Em resposta aos questionamentos, a Celesc esclareceu que os postes fazem parte da Linha de Distribuição Forquilhinha Rede Básica–Içara, um projeto desenvolvido para aliviar a sobrecarga de outras linhas, melhorar a qualidade da energia nas subestações da região, incluindo Içara e Morro da Fumaça, e atender à futura Subestação Criciúma 3. A empresa garantiu que os locais de instalação dos postes foram definidos após um rigoroso processo de licenciamento ambiental e que foram escolhidos os melhores traçados possíveis para evitar áreas sensíveis.

A Celesc também explicou que as estruturas de postes são robustas, com a capacidade de suportar ventos de até 130 km/h. “Essa robustez traz ganho de confiabilidade e melhoria na distribuição de energia para todos os consumidores. Vale destacar que a instalação dos postes está amparada por um decreto de Utilidade Pública emitido pela Aneel, por uma Licença Ambiental de Instalação (LAI) emitida pelo IMA e por autorizações emitidas pelas prefeituras dos municípios onde foram colocados.”

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