Artista plástico há mais de 22 anos e catalogado em 27 países, o ex-minerador e artista plástico Manuel Silva realiza em parceria com a Escola Caetano Ronchi, em Criciúma, um projeto que estimula a criatividade e a consciência ambiental.
Os alunos da escola municipal localizada no bairro São Defende criarão a partir da técnica autoral de Manuel, que utiliza materiais recicláveis para realizar obras de arte em alto relevo. Ao fim do projeto, programado para o dia 15 de janeiro, o aluno com a melhor obra de acordo com os parâmetros do artista, será premiado com uma bicicleta.
Nesta atividade, as crianças desenvolverão profundamente a criatividade, habilidade essencial para desenvolver a cognição, o pensamento crítico, a solução de problemas e o pensamento abstrato. Além disso, a criatividade também favorece o controle emocional. Estas capacidades, quando bem desenvolvidas na infância, seguirão com o indivíduo por toda a vida.
Conforme dados da Prefeitura de Criciúma, o município gera cerca de 4,5 mil toneladas de resíduos sólidos por mês e quando o descarte é feito irregularmente, gera impactos à saúde e ao meio ambiente. Por isso, estimular a reciclagem e a reutilização de lixo aos menores é fundamental para construir um futuro mais saudável a todos.
Quem é Manuel Silva


Natural de Nova Veneza, desde criança Manuel sempre foi uma criança criativa e observadora. “Eu gostava de desenhar. Numa bolinha de gude eu via o planeta Terra quando eu botava contra o sol. E tudo fazia parte de alguma coisa dentro da arte. Eu ia embaixo da casa da minha avó, até me arrepia, eu ia embaixo da casa dela, que para mim era alta, e tinha uns bichinhos que faziam um buraquinho na terra e daí cria tipo uma escultura de terra. Eu achava aqui ali lindo, mas nunca, no interior de Nova Veneza, nem passava de arte na minha cabeça, nada… E assim, a mãe lavava roupa e ela estendia os lençóis no varal e eu ficava ali embaixo, achava interessante o vento batendo ali e o lençol voando”, disse o artista, entusiasmado.
Manuel foi minerador até os 42 anos, e por volta desta época, iniciou suas experimentações na arte. Após criar sua técnica própria, hoje ele possui um ateliê onde armazena seus quadros na região de São Defende. Entre suas obras favoritas, estão as releituras de “A Negra” e “Abaporu”, da Tarsila do Amaral, pintora e desenhista que fez parte da primeira fase do modernismo brasileiro.
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