Família faz campanha para adquirir andador para criança com deficiência

A família de Isaac Pedro Villani Barcelos, de 3 anos, busca apoio para o tratamento do pequeno. O menino tem paralisia cerebral e precisa adquirir um andador específico, que poderá contribuir muito para o seu desenvolvimento.

Filho de Maiara Nataxa Villani e de José Rafael de Souza Barcelos, Isaac vive em São Ludgero com os pais. Com uma rotina intensa, a mãe, formada em direito, abandonou a carreira para se dedicar ao filho, que precisa de suporte intenso. Já o pai, trabalha na parte de suporte técnico de uma empresa de sistemas no município, para garantir o sustento da família.

Entre o grande número de atividades e terapias que Isaac realiza, estão os atendimentos de fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, além dos atendimentos com pediatra, neuropediatra, gastro pediatra, nutricionista, ortopedista pediátrico, oftalmologista e uma consulta anual no Instituto Sarah em Brasília.

Além de todas as atividades, alguns materiais são necessários para garantir que as terapias surtam melhor efeito. A exemplo: coletes, botas e outros equipamentos, como um andador, para estimular o desenvolvimento físico do pequeno.

Sobre a Rifa

Por conta de todo o suporte, também em equipamentos, familiares e amigos promovem uma ação entre amigos, por meio de uma rifa. O intuito é angariar fundos para a aquisição de um andador. O equipamento novo custa em torno de R$ 60 mil, mas a mãe acredita que, com um valor em torno dos R$ 40 mil, possa comprar um andador usado em bom estado. De acordo com Maiara, quase todos os itens da rifa que serão sorteados foram doados.

Os prêmios são: um bezerro, uma Smart TV de 32’’, uma bicicleta seminova, um vale compras Stela no valor de R$ 350,00, um liquidificador, um kit da Natura, um vale compras Fanáticoss no valor de R$ 150,00, um vale compras De Mães no valor de R$ 150,00, um Pix no valor de R$ 150,00, dois almoços no Restaurante Tropicanas, uma cesta de produtos para a casa e um teclado musical usado.

O valor de cada número é R$ 15,00. O sorteio estava programado para ocorrer em 8 de fevereiro, porém, muitos números faltam ser vendidos ainda. “A nossa intenção era vender sem folhas, e só conseguimos colocar 85 na rua. Além disso, só vamos saber ali pelo dia primeiro de fevereiro, quando iniciaremos o contato com as pessoas para pegar as folhas de volta”, explica Maiara.

Por conta disso, a família optou por prorrogar a data do sorteio. A nova data será 30 dias após a primeira definida, ou seja, em 8 de março, com divulgação nas redes sociais de Isaac. Mas, independente da rifa, as pessoas que se sentirem tocadas e quiserem contribuir financeiramente, poderão realizar as doações por meio do Pix 48 99647-5613, em nome de Maiara Nataxa Villani.

Conheça a história de Isaac

Conforme a mãe, a gravidez do Isaac não foi planejada, mas mesmo assim foi muito amada. A gestação foi saudável, todos os exames e o acompanhamento foram feitos. Em 27 de junho de 2021, os pais seguiram para o Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), em Tubarão, para o nascimento de Isaac. Lá foram informados que não havia dilatação ou contração, porém, por conta do rompimento da bolsa, já havia saído muita água, mas no cardíaco estava bem, então foram encaminhados para o quarto.

“Foram várias tentativas para que o parto fosse normal, porém, após mais de uma noite tentando, optamos por realizar cesariana. Após novos exames, houve o encaminhamento e, às 8h22 do dia 28, Isaac nasceu”, conta a mãe.

No momento em que nasceu, Isaac não chorou. Os pais não sabiam o que havia acontecido. Depois, informaram que ele havia nascido sem respirar e poderia ter sido água no pulmão, mas seriam realizados alguns exames para ter certeza. O pequeno foi reanimado, teve uma convulsão e foi entubado na ventilação mecânica. “Fomos informados de que não havia garantia para ele sobreviver, ele teria que superar às primeiras 24h”, ressalta.

Com o passar dos dias, tiraram a ventilação mecânica e ele reagiu bem e teve uma evolução gradativa. Foram realizados exames de sangue e eletroencefalograma com bons resultados. Uma ressonância também foi realizada e mostrou anóxia neonatal (falta de oxigênio no cérebro no momento do nascimento).

“Os pediatras nos informaram que, devido a isso, ele precisaria receber vários estímulos para se desenvolver, pois ele teria atrasos no desenvolvimento e toda a evolução dele dependeria dos estímulos”, relembra. Por algum tempo, Isaac utilizou sonda para se alimentar e teve dificuldade para amamentar. Novamente, com evolução contínua, quase um mês depois teve alta.

Por cerca de 15 dias, houve necessidade de acompanhamento com idas ao hospital, até que tivesse liberação total. “Com todos os encaminhamentos para fisioterapia, fonoaudiologia, neuropediatria e pediatria, iniciamos com um dos pediatras que acompanhou o Isaac na Neo, o qual tem acompanhamento até hoje”, detalha.

O processo de estimulação iniciou com 45 dias, por meio da Apae de São Ludgero. Posteriormente, em uma consulta de rotina, o pediatra informou que ele deveria fazer fisioterapia ao menos três vezes na semana, porém ele fazia apenas uma na Apae. Vale ressaltar que o CID utilizado pelo pediatra informava paralisia cerebral.

“A partir daí decidimos levar nosso filho em um neuro, mesmo tendo acompanhamento na Apae. Levamos muitas perguntas, dúvidas e tivemos uma conversa leve, sincera e aberta. Ele nos explicou que a consequência da anóxia neonatal foi a Paralisia Cerebral”, detalha Maiara.

Além disso, a extensão das sequelas, atrasos no desenvolvimento, tanto cognitivos e/ou motores, só poderiam ser identificados no decorrer dos anos. Pela ressonância, aparentemente seria mais motora, o que é de se esperar em um caso assim, mas cognitivo apenas com o passar do tempo, desenvolvimento e após repetir a ressonância.

Rotina atual

Atualmente Isaac tem atendimento de fonoaudiologia duas vezes por semana (uma sessão particular e uma na Apae), estimulação precoce duas vezes por semana, musicoterapia e terapia ocupacional uma vez por semana na Apae, massagem uma vez por semana (particular) e fisioterapia três a quatro vezes por semana (particular), além dos estímulos recebidos em casa. Vale ressaltar que os atendimentos de fisioterapia e fonoaudiologia particular são custeados pela empresa onde o pai do Isaac trabalha.

Além dos acompanhamentos semanais, ele tem acompanhamento com pediatra, neuropediatra, gastro pediatra, nutricionista, ortopedista pediátrico (todos pelo plano de saúde), oftalmologista (particular). Anualmente, uma consulta anual no Instituto Sarah, em Brasília (instituição sem fins lucrativos), também é realizada. 

“Ele é o amor das nossas vidas, nos tornou pessoas realmente melhores e dispostas a tudo por um bem maior. Eu sempre digo para ele que ele é capaz de tudo que ele quiser, que o Universo está dentro dele e que ele vai conquistar tudo que ele desejar, mas se não desejar nada, tudo bem também, porque muito cuidado e muito amor sempre vão existir nele, em nós e naqueles que nos cercam”, finaliza.

Via: Site Além da Deficiência

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