Criciúma/Maracajá
Edson Padoin
[email protected]
Em 2025, a Região Carbonífera tem enfrentado um aumento no número de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Até o dia 5 de março, foram contabilizados 58 focos na região, com destaque para Içara, que é considerada infestada pelo vetor, somando 28 focos. Criciúma e Orleans aparecem logo em seguida, com 15 e 10 focos, respectivamente.
A bióloga da Regional de Saúde de Criciúma, Mariana Mantovani, comentou sobre a situação na região, destacando que, apesar da preocupação com o controle do vetor, a Amrec ainda não enfrenta um grande surto da doença, comparado com outras áreas de Santa Catarina. “A nossa principal preocupação aqui é com o controle vetorial e a prevenção da introdução do mosquito. Em 2025, por enquanto, não tivemos nenhum caso autóctone de dengue, ou seja, nenhum caso contraído dentro da nossa própria região”, afirmou Mariana.
Mesmo com o número de focos, o risco de epidemia ainda não se concretizou, mas a situação exige atenção redobrada, conforme alerta a bióloga. “A cada ano, o risco de surto aumenta com a chegada do vetor. Quanto maior a população de Aedes aegypti, maior é a chance de transmissão da doença, caso alguém infectado entre na região”, explicou.
Planos de contingência municipais
A bióloga faz um alerta da importância de cada município ter um plano de contingência para controlar a doença. Segundo ela, esse plano é essencial para enfrentar uma possível epidemia na região.
“A partir do momento em que uma epidemia se instala, o sistema de saúde precisa entrar em ação para lidar com a situação. Por isso, solicitamos aos municípios que tenham um plano de contingência preparado, pensando já no enfrentamento de uma epidemia. Esse plano deve garantir que a demanda seja atendida de forma eficaz, possibilitando o manejo adequado dos pacientes e a prevenção de óbitos. Embora nossa região ainda seja menos preocupante em comparação com outras partes do estado, já temos uma boa base de experiências e relatos de colegas de outras regiões. Com isso, buscamos preparar a Amrec, manter a vigilância constante e continuar o trabalho de controle do vetor, para que estejamos sempre prontos e alertas”, detalhou
Maracajá está em alerta na Amesc
No município de Maracajá, no Extremo Sul, a situação também preocupa. O município já identificou 11 focos ativos do mosquito. De acordo com a Diretora do Departamento de Saúde, Michele Constantino Gonçalves, o município está em alerta e intensificando o controle da situação para evitar a proliferação de casos. “As autoridades de saúde pedem a colaboração de toda a população para eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. A situação exige uma ação imediata para evitar a proliferação de casos e prevenir surtos mais graves”, afirmou Michele.
Estratégia
O controle dos focos de mosquito em Maracajá é realizado de forma estratégica e contínua. Para monitorar a presença do vetor, o município utiliza 42 armadilhas espalhadas em 17 pontos estratégicos, locais identificados com maior risco de acúmulo de água. “Essas armadilhas, além de ajudarem no controle da população de mosquitos, nos fornecem dados importantes sobre os locais com maior risco de infestação. Elas são instaladas em pontos estratégicos onde há maior possibilidade de acúmulo de água, o que favorece a proliferação do mosquito.”
O agente de Endemias de Maracajá, Gustavo Godoy de Medeiros, explicou que o mosquito se prolifera rapidamente em qualquer recipiente que acumule água parada, como caixas d’água destampadas, pneus velhos, vasos de plantas e até lixo acumulado. “Cada recipiente esquecido em casa pode se tornar um criadouro, o que facilita a propagação da doença”, alertou.

Leia a matéria completa na edição desta quinta-feira, dia 06, do jornal impresso Tribuna de Notícias. Ligue para 48 3478-2900 e garanta sua assinatura.
O post Região da Amrec registra 59 focos do mosquito da dengue em 2025 apareceu primeiro em TN Sul | Portal de Notícias.