Balneário Camboriú
Em julgamento finalizado na noite desta quarta-feira, na sede da Federação Catarinense de Futebol (FCF), em Balneário Camboriú, o Barra foi derrotado por 6 votos a 1 no chamado “Caso Barra”. Foram seis auditores votando a favor da manutenção da decisão do árbitro Bráulio da Silva Machado, na partida contra o Caravaggio, e apenas um manifestando interesse na alteração do resultado do jogo. O caso foi julgado improcedente. O placar da partida foi de 0 a 0, mas o Barra marcou um gol aos 50 minutos do segundo tempo, que acabou anulado pelo juiz, após o apito final.
Desta forma, o Campeonato Catarinense seguirá normalmente com a disputa final e sem o risco de ser paralisado. Vale lembrar ainda que o Barra vai recorrer ao Superior Tribunal de Desportiva (STJD). No entanto, a decisão deve demorar. “Hoje, a gente teve um depoimento, que foi trazido pela Federação Catarinense, com um parecer da CBF sobre a regra do jogo. Essa manifestação teve validade para alguns auditores, que mudaram o voto. Resta a gente perguntar: quem dita a regra do futebol, a Ifab (Federação Internacional, na sigla em inglês) ou a CBF? O que me parece é que há uma grande dúvida”, diz Michel Assef Filho, advogado que defendeu o Barra no caso, logo após o encerramento da votação.
O relator do caso, Fabricio Mendes dos Santos, diz que, em Santa Catarina, o caso está encerrado.“Houve uma ampliação da apreciação das provas. A Federação trouxe outros argumentos, inclusive com depoimentos da Comissão de Arbitragem da CBF. Desta forma, alguns auditores mudaram os votos. Resultou na votação final. Encerramos esse capítulo em Santa Catarina, agora nos submeteremos às instâncias superiores do futebol”, diz, em entrevista à rádio CBN, de Florianópolis.
O procurador jurídico da FCF, Rodrigo Capella, diz que a Federação apresentou a defesa com o gerente geral de arbitragem, da CBF, Alício Pena Júnior, e que houve apenas um erro de procedimento do árbitro Bráulio da Silva Machado. “O gestual do Bráulio pode não ter sido o ideal, mas não foi ilegal. Após o depoimento, alguns auditores mudaram o voto e decidiram improcedente a impugnação da partida. Esperamos que o Campeonato Catarinense seja decidido como deve ser: dentro do campo”, finaliza.
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