Conselheiros tutelares de Criciúma se manifestam após vídeo de Vaguinho

Criciúma

Após a declaração do prefeito de Criciúma, Vagner Espíndola, o Vaguinho, sobre as notificações enviadas aos pais que recusam vacinar os filhos contra a Covid-19, foi a vez do Conselho Tutelar se manifestar. Um grupo de conselheiros do município realizou uma coletiva na tarde da quinta-feira, para destacar o trabalho do órgão.

Segundo a conselheira Fabiana Bertier, o órgão não realiza nenhum tipo de perseguição, sendo responsável apenas pelo cumprimento das leis.

“O Conselho Tutelar não é um órgão aterrorizador, perturbador e, muito menos, discrimina famílias. Todos aqui são tratados de maneira igual. Sobre a vacinação da Covid, que é o que está em alta, tem, sim, pessoas que não querem vacinar pelos cunhos filosóficos, religiosos, políticos, e a gente respeita. Mas a gente tem o dever e a obrigação de dizer as consequências disso. É isso que o Conselho faz. Se ele optou por não fazer a vacinação, lá na frente ele vai ter a consequência da escolha. É só isso que a gente explica”, destaca.

A conselheira também negou que em casos em que há a negativa à vacinação, é retirada a guarda e nem mesmo é recusado o direito à matrícula escolar.

“Ninguém vai tirar a criança. Ninguém vai pegar e ir na casa de pai, mãe, que não fez a vacina, pegar o filho à força e retirar, porque não é papel do Conselho Tutelar. Quando ele faz um acolhimento, ele faz um acolhimento emergencial que esgotou todas as possibilidades da rede de atendimento e dos direitos violados. Falta de vacina não é causa de acolhimento institucional. Não vamos entrar na casa e pegar, e nem de falta de acesso à escola. Porque toda criança tem que ter direito à educação. Não é porque ela não é vacinada que ela não vai ter direito à escola. Ela vai sim, apesar da lei de 2018 aqui, falar que ela tem que, no ato da rematrícula, a vacinação tem que estar declarada e atualizada, nenhuma criança fica sem ser matriculada no município. Nenhuma criança está fora da escola porque deixou de vacinar. Em Criciúma, não tem. Se alguma criança está fora da escola, é porque não tem escola”, completa Fabiana.

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