Inspiração: a história e o legado do Dia Internacional da Mulher

Criciúma
Alexandra Cavaler
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O Dia Internacional da Mulher, celebrado neste sábado, dia 8 de março, é uma data de grande importância que vai além das comemorações. Ele serve como um lembrete da luta histórica das mulheres por igualdade, direitos e reconhecimento em diversas esferas da vida, seja no reconhecimento de lutas, de conscientização sobre questões que ainda afetam as mulheres, do empoderamento e dia de reflexão e ação. Em suma, é uma data para celebrar as vitórias já conquistadas e renovar o compromisso com a luta pela igualdade de gênero e pelos direitos das mulheres em todo o mundo. É um momento para refletir sobre o progresso feito até agora e a jornada que ainda está por vir.

Respeito e espaço

A data foi oficializada em 1975 pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma ação voltada ao combate das desigualdades e discriminação de gênero em todo mundo. Naquela época, as mulheres lutavam por melhores condições de trabalho e para que seus salários fossem equiparados aos dos homens. E ainda hoje continuam lutando para serem respeitadas nos espaços de trabalho, nas ruas, até mesmo dentro da própria casa, para que não sejam vítimas da violência ou do preconceito por seu gênero, reivindicando por seus direitos e por espaço na sociedade, almejando serem respeitadas por suas habilidades e virtudes, e serem reconhecidas em sua integridade.

Uma luta diária por reconhecimento

E a luta incansável por reconhecimento em várias esferas da vida das mulheres e por seu espaço na sociedade não para por aí. É diária. Um forte exemplo da importância do envolvimento feminino nas mais diversas áreas e os cargos de liderança é a reitora da Unesc, Luciane Ceretta. Ela relata que atuar em funções de liderança, enquanto mulher, é uma questão de representatividade e transformação social. “É evidente que enfrentamos desafios e precisamos nos posicionar cotidianamente para garantir nossos espaços e vozes, mas acredito que temos a força e a expertise para isso e cada vez mais demonstramos na prática esse potencial. Enquanto batalhamos para ocupar espaços que até pouco tempo eram majoritariamente masculinos, acredito, escrevemos também parte da história de transformação e abrimos caminhos para que outras mulheres venham em seguida e façam ainda muito mais seja pela educação, pela política ou seja qual for o espaço que ocupem”.

Responsabilidade

A reitora também ressalta a responsabilidade de ocupar espaços que até pouco tempo eram somente preenchidos por homens. “Me sinto honrada por estar, há oito anos, reitora de uma grande Universidade e sei a responsabilidade que tenho em inspirar colegas colaboradoras, professoras e estudantes, já que sigo sendo uma delas também. Se de alguma forma ao longo desse tempo eu puder ter sido exemplo positivo e incentivo a outras mulheres na defesa de seus espaços, de equidade e, principalmente, respeito, sinto que estarei com essa missão cumprida. Trabalho na defesa da educação com toda a minha energia e, da mesma forma, gosto de ser incentivo a outras mulheres em posições de liderança. Precisamos ser trampolim uma para a outra”, enfatizou Luciane Ceretta.

Chapa 100% feminina

Com eleição marcada para o dia 11 de março, na semana em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, a Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) vai às urnas diante de um marco histórico: pela primeira vez, uma chapa totalmente feminina concorre à reitoria da universidade. Liderada pela atual reitora e candidata à reeleição, Luciane Ceretta, e pela atual pró-reitora Gisele Coelho Lopes, como candidata a vice-reitora, a composição reafirma a força e a capacidade das mulheres na gestão do ensino superior, tradicionalmente um espaço marcado pela predominância masculina.

A presença feminina em cargos de liderança acadêmica ainda é um desafio em diversas instituições do país. Segundo dados da Unesco, embora as mulheres sejam maioria entre os estudantes universitários e os docentes em muitos países, a ocupação de cargos de direção ainda apresenta um cenário desigual. No Brasil, apenas uma em cada quatro mulheres alcança cargos de liderança em corporações e nas instituições acadêmicas. A Unesc, ao longo dos anos, tem trilhado um caminho de transformação, consolidando-se como uma universidade que valoriza a equidade de gênero e promove oportunidades iguais para todas as pessoas.

Onde quiser

Para Luciane Ceretta, que também tem cadeira nos conselhos Estadual e Nacional de Educação, em outra expressão importante de representatividade, a candidatura é mais um símbolo dessa luta e do protagonismo feminino em diferentes áreas da sociedade. “As mulheres podem estar onde quiserem, e a nossa presença na liderança da universidade reflete essa realidade. Nossa trajetória é feita de trabalho, competência e dedicação, e seguimos demonstrando que podemos transformar espaços e inspirar futuras gerações”, destaca. Além do reconhecimento, a candidatura também simboliza um modelo de gestão voltado para o diálogo e a escuta ativa da comunidade acadêmica.

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