Criciúma
Thiago Oliveira
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Organizar a fiação nos postes de energia e reduzir a poluição visual da cidade. Esse é o objetivo da Operação Limpa Fios, que será iniciada nesta sexta-feira, em Criciúma. O primeiro mutirão vai começar pela manhã, nas ruas Marechal Deodoro e Coronel Marcos Rovaris, no Centro.
A operação é realizada pela Diretoria de Iluminação Pública e Monitoramento em parceria com a Celesc. A primeira ação será um mutirão piloto, destinado à remoção de fios inativos, rompidos, irregulares ou obsoletos dos postes de energia elétrica. “É uma operação importante por dois motivos. Uma da segurança tanto dos pedestres quanto dos carros. Nesses locais que tem muitos fios, nós acabamos vendo muitos fios rompidos. Esses fios que ficam em cima da calçada, da estrada, e tem claro a questão estética, que fica muito feio com todos aqueles fios. Então todos os fios que forem clandestinos, rompidos, sem uso, ou não identificados, serão retirados, e os cabos serão reordenados.
Em alguns lugares, vamos tirar as luminárias, reordenar os cabos e recolocar as luminárias”, explica o diretor de Iluminação Pública, Celsinho Menezes.
Modelo piloto
O primeiro mutirão será realizado em modelo piloto, estabelecendo um padrão para as próximas ações. “Vai ser uma operação pequena, de apenas 10 postes. Serão entre 250 e 300 metros de distância. É uma operação pequena comparada a outras no Estado”, aponta o gerente regional da Celesc, Maike da Silva.
Pistas interditadas
A ação estava prevista para iniciar às 7h, horário que já terá pessoas iniciando os trabalhos, mas as ruas só devem ser fechadas a partir das 8h. “Vamos fazer isso para não trancar o trânsito no horário que as pessoas levam os filhos para a escola”, destaca Menezes.
Os trabalhos vão ser realizados até as 12h, depois reiniciam às 13h e encerram às 17h. A operação terá início no cruzamento das ruas Felipe Schmidt e Marechal Deodoro, na esquina do Angeloni.
Durante a operação, uma das pistas de cada via será interditada para o tráfego de veículos, o que exigirá atenção e paciência dos motoristas. A DTT de Criciúma acompanhará a ação, que acontecerá em uma rua por vez.
Empresas participam
A Celesc será responsável por coordenar essa primeira etapa. Além disso, cada empresa de telefonia e internet disponibilizará um veículo e dois operadores para a remoção de seus cabos dos postes. Uma equipe da Prefeitura de Criciúma realizará a coleta dos fios obsoletos para descarte, com um caminhão e auxílio de dois operadores da Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública (Cosip). Após o primeiro passo, os postes serão reorganizados e os cabos etiquetados conforme a empresa responsável.
Como essa primeira operação é considerada uma ação piloto, as empresas que utilizam os postes foram convidadas a participar. “Fizemos duas reuniões. Uma com a Defesa Civil e outra com a Celesc, A primeira foi mais de motivação para a cooperação das empresas. A segunda, na Celesc, foi maior, com cerca de 40 pessoas envolvidas com a operação, para definir a estratégia para o dia”, afirma o gerente regional da Celesc.
Clandestinos
Silva também conta que além dos cabos obsoletos, serão retirados aqueles que estão de forma clandestina na fiação. “Várias empresas relacionadas à telecomunicação compraram a ideia conosco. Estão no mesmo objetivo que a Celesc e a prefeitura até para eliminar a concorrência que esta lá clandestinamente, e que cria uma competitividade injusta com as empresas que alugam o espaço, que aprovam os projetos na Celesc e deixam os cabos em ordem”, explica.
A Resolução Conjunta nº 4, de 16 de dezembro de 2014, firmada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), estabelece as regras de compartilhamento de infraestrutura entre concessionárias e empresas de telecomunicações. A resolução determina que a responsabilidade pela manutenção e remoção dos cabos de telefonia e internet nos postes são de responsabilidade das próprias empresas.
Vai durar seis meses
Ao aderirem à Operação Limpa Fios, as operadoras ficam isentas de penalidades previstas na regulamentação. Por outro lado, as empresas que não participarem da ação poderão ser notificadas e, eventualmente, sancionadas.
A expectativa é que a operação dure aproximadamente seis meses, com ações a cada 15 dias.
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